"Passos Coelho é agora o ministro das Finanças"

O economista e ex-ministro das Finanças do I Governo Sócrates considera que a ministra Maria Luís Albuquerque não tem peso político e técnico para substituir Vítor Gaspar: "A partir deste momento o primeiro-ministro é verdadeiramente o ministro das Finanças."
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Para Luís Campos e Cunha, a polémica dos swaps deve ter em conta que "foram contratados fundamentalmente durante o Governo anterior e são esses gestores das empresas públicas e alguns responsáveis políticos os primeiros responsáveis". Mas, alerta, que esses instrumentos financeiros "em si mesmo, não são necessariamente maus pois os swaps são necessários e importantes para a gestão das finanças empresariais".

Quanto à eficiência do PEC IV defendida por José Sócrates, Campos e Cunha é frontal: "O PEC IV era um embuste. O espetáculo que criou foi uma boa desculpa para Sócrates evitar o dilúvio que iria acontecer dois dias depois com os resultados das finanças públicas relativos a 2010."

Quanto às próximas privatizações, o ex-ministro garante que esteve sempre contra a privatização da Caixa Geral de depósitos mas a sua opinião tem mudado: "A CGD tem vindo a ser cada vez mais politicizada e partidarizada. Foi com Manuela Ferreira Leite que começou e, se é para isso, preferia que fosse privada." Aguarda pelo rumo da nova administração mas, caso se mantenha o rumo em curso, defende que "é melhor privatizar".

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